sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Como Se...


A natureza de uma pessoa só vem à flor da pele quando essa se sente segura de si mesma e à sua volta. Quando há uma certa estranheza familiar e uma segurança falsa que nos leva a querer que é o normal. É de certo modo incomodativo quando alguém é ele mesmo contigo sem pensar na relação que têm, quando se abre como que se num diário escreve se (not that personal), ou simplesmente como se tive-se a falar sozinho... Gosto de sentir que já chagamos a esse ponto, mas não gosto de sentir que já chegamos a esse ponto.
Quero a tentativa de romantismo, quero os íntimos toques, quero as intermináveis conversas, quero o esforço leve e perfeito, quero o sorriso calado, quero o olhar especial, quero o olhar vago, quero o olhar grave, quero o olhar intenso, quero o olhar desesperado, quero o olhar de convencido, quero o olhar desconhecido, quero o olhar de ansioso, quero o dar a mão nervoso, quero as tentativas falhadas, quero a tentativa perfeita, quero as pegadinhas atrevidas, quero o profundo e desesperado beijo, quero tudo como se tivesse a começar sem ter de acabar.

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